Como melhorar a Luz do FLASH


No seguimento da redacção de alguns artigos, verifico que ficam algumas dicas por partilhar. Como sou a favor da partilha e troca de conhecimentos para a melhoria de um bem comum “A paixão pela Fotografia de Natureza”, o artigo que se segue retrata a utilização cuidada de iluminação artificial.
Possuo um Flash Canon 580 EX II e o antecessor Flash Canon 430EX I. A versão superior, 580 tem a opção de Master e o 430 apenas a de Slave, ou seja consigo que este último dispare após emissão do primeiro, o que não acontece no sentido inverso por limitação técnica. Aconselho por isto, a aquisição de um flash com a funcionalidade de master.
O nome Master representa a emissão de sinais infravermelhos de um flash para o outro, permitindo que disparem os dois simultaneamente, sem recurso a fios adicionais.
Vou demonstrar através de exemplos práticos, as diferenças entre os disparos de um e dois flashes. Procurarei ainda ensinar a construir difusores caseiros com o mínimo gasto possível.
No primeiro exemplo mostro o resultado de apenas um flash na sapata da câmera a fotografar o fóssil de trilobite.


Observa-se que utilizando o flash desta forma, existe sempre uma zona em sombra e a luz fica demasiado dura. A falta de homogeneidade no espaço luz/sombra transforma esta utilização do flash num método incorrecto.


No exemplo seguinte, mostro o mesmo fóssil de Trilobite fotografada com dois flashes, um master ligado com flashcord à sapata e outro como slave. Ambos os flashes estão paralelos ao objecto fotografado.

Com esta utilização dos flashes, a luz fica mais homogénea e equilibrada, contudo os relevos das sombras continuam visíveis, característica que retira a atenção do observador ao motivo a destacar.
A imagem pode ser melhorada, passando a utilizar os tais difusores caseiros que apresento neste artigo.
O difusor pode ser feito com diversos materiais. No meu caso, utilizei um plástico de um dossier comum. Esta base translúcida, permite que a luz passe de forma mais difusa. Dei-lhe as dimensões, recortes e dobragens adaptadas aos meus flashes. Cada um de vocês poderá encontrar medidas e dobragens diferentes das minhas. Para uma melhor difusão da luz, nada melhor que uma folha de papel de cozinha na frente do plástico base.


Observem como a zona luminosa do flash triplicou de dimensão com o difusor que desenhei.
Quanto maior for a zona iluminada pelo flash, maior será a difusão conseguida.


A melhor forma que encontrei de prender o difusor aos flashes foi através de fita de velcro, que custa menos de 1€/metro em qualquer retrosaria.
Pode-se observar na imagem que a superfície difusora está a determinada distância do flash, o que lhe confere por si só 1 Stop a 1 Stop e ½ de subsposição e por conseguinte maior difusão de luz.
Podemos concluir também que quanto mais aproximado o difusor estiver do flash menor será a expansão da zona iluminada. Procurem encontrar a distância e a dimensão perfeita para uma difusão a vosso gosto.
Nada nestes difusores foi criado com grandes regras e rigor, foi um trabalho de experiência que resultou muito bem e que melhorou de forma significativa a luz das imagens quando recorro à iluminação artificial.
Mostrar-vos-ei agora o resultado final da utilização dos dois flashes com as características do segundo exemplo mas com a aplicação dos difusores caseiros.


Neste terceiro exemplo temos uma imagem sem áreas de sombra visíveis tendo a luz ficado totalmente difusa e as cores melhorado susbtâncialmente. Neste exemplo verificamos que a qualidade da foto melhorou de forma significativa.
Por menos de 2 € em material, conseguimos ter um difusor para o nosso flash, sem recurso a caros e fracos difusores que se encontram disponíveis no mercado.
Sendo a fotografia uma área artística, não se limitem a desenvolver a componente técnica, experimentem, evoluam e aproveitem pois existe muito por explorar.

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